Sejam todos muito bem-vindos!

Neste espaço, compartilho com vocês minhas sinceras opiniões e indicações de todos os gêneros da literatura, assim como novidades e curiosidades do universo literário.

Espero que apreciem as dicas aqui encontradas e os convido a discutirmos as obras e notícias desta paixão universal, o livro!

Muito sucesso e excelentes leituras para todos nós!

domingo, 22 de abril de 2012

Daytripper



"Quais são os dias mais importantes da sua vida?"

 Há pouco mais de um ano, dois jovens quadrinistas nacionais receberam o prêmio máximo das histórias em quadrinhos (comics) do mundo, o famoso Prêmio Eisner. Esses caras, conhecidos como Fábio Moon e Gabriel Bá, irmãos e frequentadores assíduos dos bares e restaurantes na Vila Madalena, tocaram o coração de muitas pessoas com o que tomo o direito de chamar de sua obra-prima.

 A obra, originalmente publicada nos EUA sob o selo editorial VERTIGO da DC Comics, foi dividida em 10 edições, aqui no Brasil compiladas em um único encadernado com a exemplar qualidade da Panini Comics. Curiosamente os autores contaram histórias de personagens extremamente brasileiros em sua série mesmo que para um público americano, que aceitou e compreendeu muito bem as mensagens nas entrelinhas dos quadrinhos. Em palavras do próprio Gabriel Bá, "A gente fez a história pensando que um dia ela seria lida pelos brasileiros".

 Na saga do quadrinho adulto somos apresentados à Brás de Oliva Domingos, jornalista em busca de inspiração e de uma liberdade de espírito que a vida lhe ensinará a conquistar. Com uma linguagem simples e direta, sem politicagem ou censura, aprendemos em cada virada de página sobre a simplicidade das coisas deste mundo e da própria vida.

 Ideal para leitores maduros e também para curiosos conhecendo o mundo das histórias em quadrinhos.

 PARTICULARIDADE DO LIVREIRO: Ganhei o encadernado em capa dura de uma amiga que teve rápida passagem em minha vida, mas que, com esse presente e tudo o que ele envolveu, me deixou uma lição muito valiosa e uma mensagem que não devo esquecer até o dia de minha morte. Muitos momentos na saga do protagonista me extraíram lágrimas de emoção e a cada final de capítulo me instigava a viver mais minha própria vida. Eis uma história que não sairá de meu coração tão cedo.

 Para ler e se questionar.

"É apenas quando você aceita que vai morrer que consegue realmente se libertar e aproveitar a vida ao máximo."


 Daytripper
 Fábio Moon e Gabriel Bá
 Ed. Panini  Books - 2011
 Aprox. R$ 60
 ISBN 9788573517712
 Artes - Histórias em quadrinhos


http://10paezinhos.blog.uol.com.br/tiras/
Blog dos autores com suas tiras em quadrinhos

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A arte do kendô e kenjitsu


 "Para que se aprenda kendô é preciso que não o interprete como um esporte, mas como um estilo de vida"

 Conhecida pelos ocidentais através do cinema, séries animadas e jogos eletrônicos, a arte da espada japonesa não é, como erroneamente interpretada deste lado do mundo, apenas um esporte ou hobbie. Os praticantes de suas técnicas são pessoas comprometidas com seu desenvolvimento físico e espiritual, canalizando suas emoções através de sua arma e sempre com o espírito pronto para o combate até a morte, própria ou do adversário.

 Nesta obra, Darrell Craig, renomado praticante de diversas artes marciais japonesas e com reconhecidas graduações em cada uma delas, nos apresenta um pouco da história por trás do kenjitsu, nome dado à prática da espada japonesa (katana) pela classe samurai no Japão antigo e também sobre cada um dos aspectos e materiais que constituem a katana.
 O autor concentra neste livro seus conhecimentos sobre o kendô, também conhecido como modalidade esportiva por todo o mundo, que basicamente seria a prática do antigo kenjitsu com armas não letais (usa-se o shinai, espada reta de bambu), porém, regrada e praticada com equipamentos de segurança.

 Enquanto nos envolve com suas experiências como aluno do famoso mestre Harutane Chiba, o autor apresenta e discute, para o iniciante e o veterano, movimentos fundamentais do kendô, técnicas avançadas e até mesmo os cuidados com a manutenção e disposição do equipamento de treino. O livro não tenta ensinar o leitor a prática autodidata, mas apresenta a este os fundamentos teóricos de tudo que se é esperado que o aluno presencie no dojo (local de treino de artes marciais).

 Um livro indispensável para praticantes de kendô, kenjutsu, iaidô e demais artes marciais que se utilizam de armas, pois apresenta um panorama histórico do uso de armas pelo homem japonês e como sua pratica influenciava todo seu estilo de vida.
 É uma leitura rica para estudiosos da cultura tradicional japonesa por apresentar a prática marcial na sociedade samurai e também um excelente título para apreciadores da ferramenta marcial em si, a katana e o shinai, pois o autor dedica dois capítulos inteiros à seu conhecimento, manutenção e até mesmo à avaliação destas como artigo de colecionismo.

 CURIOSIDADE DO LIVREIRO: O autor é responsável pela obra "O coração do kendô", também publicado pela editora Madras. A obra é citada diversas vezes em "A arte do kendô e kenjitsu" pois foi escrita antes e o autor não quis se repetir muito quanto à história do kendô e suas técnicas. Não me aprofundei na leitura da obra anterior, mas posso dizer que se trata de um livro focado no praticante da arte citada mais do que no estudioso da cultura e história japonesa.
 Darrell Craig também foi responsável pelo treinamento em defesa pessoal da Polícia de Tokyo nos anos 1990 e participou de atividades com a S.W.A.T de Nagoya na mesma década.

 Para ler e sacar a espada.

 "Acredito ser impossível para uma pessoa inserir-se totalmente na cultura japonesa sem que seja seduzida pela beleza e pela história da espada japonesa."

 A arte do kendô e kenjitsu - A alma do samurai
 Darrell Max Craig
 Ed. Madras - 2005
 Aprox. R$ 40
 ISBN 9788573749830
 Esportes - Artes marciais


 www.houstonbudo.com
 Site do centro de estudos de artes marciais tradicionais japonesas de Sensei Darrell M. Craig

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Fabuloso Mundo do Rock




 Rock and Roll, baby!!!

 Que o século XXI é uma loucura, todos nós sabemos e muitos antropólogos já chegaram longe na cultura do ser humano o bastante para acusar o Rock 'n Roll de ter transformado o ser humano drasticamente desde os anos 50.

 Culpado ou não, o rock, como som, movimento social, expressão artística ou o que quer que signifique, é, por si só, uma entidade com vida própria desde o século passado, com Chuck Berry detonando sua guitarra em "Rock and Roll Music" ou The Beatles e sua "Hard day's night" passando por obscenidades de Marylin Manson e sua "Beautiful People" ou o metal pesado de Ozzy Osbourne e "Iron Man".

 Para celebrar ícones como esses e tantos outros que tiveram vital importância (ou culpa) por transformar o Rock no que é hoje, o artista argentino Andrés Cascioli concebeu "O Fabuloso Mundo do Rock" recheado de informações íntimas e curiosidades desses artistas, além de mais de 40 caricaturas dos mais expressivos ícones entre tantas lendas da música.
 Com tom bem humorado e dezenas de informações que até os fãs mais assíduos podem desconhecer, o livro é uma verdadeira fonte de cultura rockeira, mencionando influências e eventos históricos ligados a, ou causados por, este movimento que nunca deixará de rolar, o Rock!

 Eis uma excelente pedida para presentear aquele pai descolado ou o namorado que largou a faculdade para dedilhar solos selvagens na guitarra. O livro é uma verdadeira aula de história através da música que embala jovens e não-tão-jovens apreciadores do som no último volume.

 Para ler e partir pro bate cabeça.

 O Fabuloso Mundo do Rock
 Andrés Cascioli, Javier Aguirre, Fernanda Aguirre e Paula Febbe
 Ed. V&R - 2011
 Aprox. R$ 60
 ISBN 978-85-7683-291-1
 Artes - Música


 Página oficial do artista (em espanhol)
 http://www.andrescascioli.com.ar/

sábado, 5 de novembro de 2011

A comunização que todos curtem






 Hoje já não é nenhum segredo que as mídias sociais fazem parte da vida da maior parte dos brasileiros, que já não são mais tão “analfabetos digitais”.

 Como toda novidade digital, os brasileiros sempre enxergaram as mídias sociais, à princípio, como uma forma de lazer, conectando-se aos amigos e, através destes, a mais pessoas que compartilham interesses e opiniões. Diferentemente dos americanos, que sempre enxergaram as mídias sociais primeiro como oportunidade de negócios, aumentando networking e oportunidades de promoção de ideias, os brasileiros só passaram a levar essas mídias “a sério” anos depois.

 Quando se fala em Facebook, Orkut, Twitter e outras já é possível enxergarmos mais do que um “site social” e entender como muitas empresas participam ativamente dessas redes e usam sua maleabilidade e extensão social para promover seus produtos, serviços e conceitos com um poder de penetração ainda mais rápido que as mídias “tradicionais”, como televisão e jornais.
 Fatalmente, a velocidade de multiplicação dessas promoções faz com que cada vez mais pessoas se envolvam com determinados produtos ou marcas, logo, as empresas começam a pisar num solo perigosamente lucrativo.

 Com mais pessoas “curtindo” uma marca, mais pessoas visualizarão essa mesma marca, logo, mais pessoas terão a chance de desenvolver uma opinião sobre essa marca e, tão rápido como propagar a marca em sua rede social, essas pessoas também propagarão suas opiniões. Hoje, as empresas que se aventuram em ações nas redes sociais que antes tinham o desafio de “convencer” as pessoas a participarem de suas ações e promove-las, agora tem o desafio de monitorar o que andam espalhando por aí sobre suas marcas. Com uma simples frase de até 140 caracteres e não mais que um clique, uma só pessoa é capaz de mobilizar uma multidão à favor de um determinado produto muito mais rapidamente que uma campanha publicitária seja aprovada, produzida e veiculada e, com a mesma quantidade de caracteres, um cidadão infeliz com seu produto é capaz de denegrir a imagem de toda uma empresa com anos de experiência no mercado muito mais rapidamente que uma ação no PROCON ou a transmissão de um programa de TV sensacionalista no final da tarde.

 Felizmente, o mercado ganhou uma ferramenta de marketing e publicidade extremamente barata, em contrapartida de ganhar, no mesmo pacote, um botão de autodestruição da marca.

 No mundo todo, milhões de pessoas perceberam como suas opiniões são poderosas e capazes de mobilizar outras milhares de vidas à favor de suas causas sem explodir uma bomba ou assinar qualquer tratado. O ser humano ganhou maior força, seja para exigir maiores descontos num produto, seja para vender seus produtos, para declarar seu amor ou para recomendar livros pela internet, tudo isso graças a tecnologias “gratuitas” e um desejo de compartilhar ou, como diriam nossos amigos Kotler e Kartajaya, COMUNIZAÇÃO.

 Mas, quanto custa Comunizar?
 Eis um grande desafio para empresários do mundo todo. Saber quanto investir no uso de mídias sociais.
 Antigamente, bastava pagar uma taxa de manutenção mensal, além do serviço inicial, de um webdesigner para ter sua marca na internet.
 Hoje, além do desenvolvimento da estratégia para as redes, o investimento deve ser feito na inovação de materiais e no monitoramento de informações e coleta de dados. Mas como, ou quanto, cobrar para “curtirem” sua marca?
 Entra aí uma discussão que deixaremos para os recrutadores...ou para os profissionais que prestam esses serviços?

 É muito importante que as empresas no Brasil entendam que o consumidor que está na rede social está lá não pela “rede”, mas pelo “social”, que ele espera acessar um site onde ele vá interagir e trocar experiências, logo, de nada adianta a essas empresas criarem suas páginas e espalharem pelas redes sem que essa página “responda” ou “alimente” os interesses do consumidor pois, de outra forma, ainda não terão passado da “era do site”.
 Centenas de campanhas em redes ficaram famosas por simplesmente “curtirem” mensagens de seus clientes enquanto muitas páginas de marcas mundialmente conhecidas ainda estão esperando sua visita...

 Nos livros “Marketing 3.0” e “O cliente é quem manda” seus autores discutem o tema da COMUNIZAÇÃO de informações e o poder que foi colocado nas mãos dos consumidores numa época em que oferecer preço, prazo e brinde não significa mais tanto assim, o primeiro discute o tema na tradicional linguagem acadêmica que os estudantes e profissionais de marketing estão acostumados, já na segunda obra, o autor discute o tema também com aqueles leigos em negócios que se interessam pelo tema. Em “A revolução das mídias sociais”, o autor brasileiro André Telles apresenta cases de toda a internet e discute o tema da COMUNIZAÇÃO voltado ao papel das empresas e seu uso de tais mídias.
 Não muito longe destes temas, muitos outros livros vem sendo publicados abrindo novas discussões sobre o uso, custo e até possíveis malefícios (?) do uso de redes sociais para se fazer negócios ou simplesmente conhecer novas pessoas.

 Para ler e curtir!

 CURIOSIDADE DO LIVREIRO: A obra Marketing 3.0 foi publicada quase que simultaneamente nos EUA e no Brasil em 2010, no mesmo mês em que o papa do Marketing, Philip Kotler, visitava o Brasil para uma série de eventos.

 PARTICULARIDADE DO LIVREIRO: O termo “COMUNIZAÇÃO” que Kotler apresenta em sua obra de 2010 virou uma de minhas palavras favoritas. Não é difícil me pegar utilizando essa palavra em conversas sobre, basicamente, QUALQUER assunto sobre o cotidiano. O termo deixa explícito que o ser humano faz parte de uma comunidade e que ele QUER compartilhar suas experiências com essa mesma comunidade. Com o advento de tantas redes sociais on-line, esse mesmo ser humano ganhou o poder de pertencer à comunidade que ele quiser, sem ser limitado pela geografia ou até por tabus da sociedade.


 Marketing 3.0
 Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan
 Ed. Campus - 2010
 Aprox. R$ 58
 ISBN 9788535238693
 Administração - Administração de vendas e marketing

 O cliente é quem manda 
 Pete Blackshaw
 Ed. Sextante - 2010
 Aprox. R$ 20
 ISBN 9788575425664
 Administração - Administração de vendas e marketing


 A revolução das mídias sociais
 André Telles - 2010
 Ed. M.Books 
 Aprox. R$ 50
 ISBN 9788576801191 
 Administração - Administração de vendas e marketing

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Leia para uma criança



 Sempre ouço pais falando que não compram livros infantis para seus filhos pois são muito caros. Mas o que  diriam se lhe oferecessem três livros infantis para que leiam para um filho, sobrinha, irmão ou afilhada DE GRAÇA?

 Pois é, o Itau Social acertou em cheio com uma ação genial em parceria com as editoras Melhoramentos, Martins Fontes e José Olympio, cada uma oferecendo um consagrado livro infantil de seus ricos catálogos para plantar a sementinha literária no coração de crianças e também adultos, envolvendo todos na milenar experiência da contação de estórias.

 Com essa ação, o Itaú Social pretende incentivar os adultos a passarem mais tempo com as crianças durante as fases de aprendizado e oferece esse pacote de livros gratuitamente para todos que se cadastrarem no site da ação social, enviando-os através dos Correios.

 Junto aos belos contos infantis no kit, a pessoa recebe um folheto com dicas sobre a agradável experiência de contar estórias a uma criança e nos mostra como isso é mais fácil do que se pensa. Mais do que um momento de atenção e educação da criança, o ato de contar estórias é um gesto de amor e carinho para com ela, fazendo-a perceber que faz parte da sociedade e como é importante ler para aprender tantas coisas mais.

 Não deixe de participar desta ação que, além de não ter custo nenhum, transformará a vida de um pequeno cidadão. Para participar não é necessário ser cliente Itaú, só é preciso um rápido cadastro no site da ação.

http://www.itau.com.br/itaucrianca/


 QUEM APRENDE A GOSTAR DE LER SABE ESCREVER A PRÓPRIA HISTÓRIA